Roteiro de 7 dias pelo Marrocos

Para fazer o trajeto do aeroporto ao hotel, onde você deixará sua malas para começar a sequência de passeios, nossa sugestão é que você contrate um transfer antes mesmo de embarcar. Dessa forma, ao chegar, você já vai ter alguém te esperando para levá-lo, te salvando de passar perrengues, perder tempo e gastar mais do que o necessário.

Nas nossas viagens, a gente usa sempre o mesmo transfer. Testamos várias empresas, mas essa é a que a gente mais confia e a que oferece o melhor serviço. Tem os melhores preços e você pode pagar em reais mesmo, ou seja, evita as taxas internacionais e o IOF.

Dia 1 – Tarde: explore Casablanca

Assim que você deixar sua bagagem no hotel e tomar um bom café da manhã, siga para a Mesquita Hassan II, que é o ponto turístico mais importante e conhecido de Casablanca. Ela fica à beira-mar e é arquitetonicamente impressionante. Com uma cúpula imponente, ela tem um minarete de 210 metros de altura, o mais alto do mundo.

Como ela foi construída com um chão de vidro sobre o Oceano Atlântico, os fiéis que rezam ali conseguem ver o mar abaixo do corpo. Essa é a única mesquita do Marrocos que permite que estrangeiros acessem o interior, então não dá para perder!

De lá siga para a Corniche Ain Diab, uma área costeira que se estende ao longo do Oceano Atlântico. Lá você vai encontrar uma avenida à beira-mar que é famosa pelas praias, cafés e restaurantes. Para quem curte fazer exercício físico, é um lugar legal, porque dá para fazer esportes aquáticos. É um local em que a modernidade e o clássico e o agito e a tranquilidade se encontram.

• Dica extra: perto da Mesquita Hassan II, você acha uma cafeteria que é uma réplica minuciosa do Rick’s Café, que aparece no clássico filme Casablanca. A decoração é super parecida, tudo pensado nos mínimos detalhes. Eles servem tanto práticos típicos quanto pratos da gastronomia internacional.

Dia 1 – Noite: curta a Medina de Casablanca

Quando a noite cair, vá para a Medina, onde as vielas ganham um charme a mais pela iluminação das tradicionais lanternas coloridas. É um espaço com muitas lojas vendendo itens de todos os tipos, barracas de comida, cafeterias e restaurantes. O cheiro de especiarias preenche o ar, trazendo uma atmosfera acolhedora.

Durante uma volta por lá, você vai entrar em contato com o trabalho manual dos artesãos locais e com a música típica tocada ao vivo. Você também vai encontra muitos estabelecimentos com cardápios de comidas típicas, assim você vai poder começar a experimentar a gastronomia autêntica marroquina.

Dia 2 – Manhã: viagem para Rabat

Comece o seu segundo dia de viagem na estrada, seguindo viagem rumo a Rabat, que é a capital do Marrocos. Uma dica que a gente sempre dá por aqui é reservar hospedagens em hotéis que possuam café da manhã. Isso é importante para que você consiga cair na estrada mais cedo e não perca tempo para chegar ao destino seguinte.

Nossa sugestão para encontrar o melhor hotel em cada parada é usar esse comparador de hospedagens, que é o maior do setor. Nele você vai conseguir aplicar vários filtros, inclusive esse de café da manhã.

Rabat fica 90 quilômetros distante de Casablanca, então você chega rapidinho. Como este roteiro que montamos passa por várias cidades, vale a pena considerar o aluguel de um carro. Isso vai trazer conforto e praticidade. Assim como nas reservas de outras coisas, é legal usar um comparador, para achar a melhor opção. Nas nossas viagens costumamos alternar entre esses dois:

1. Comparador de aluguel de carros: melhor preço, cashback no aluguel, parcela em até 12 vezes e pagamentos em reais sem IOF.

2. Comparador de aluguel de carros: acesso às maiores empresas locadoras, mais de 900 em 160 países, além de preços e promoções excelentes.

Dia 2 – Tarde: explore Rabat

Como uma cidade é próxima da outra, você deve chegar ainda pela manhã a Rabat, então é possível já começar os passeios. Nossa sugestão de primeira parada é o Mausoléu de Mohammed V, uma verdadeira joia arquitetônica que foi erguida em homenagem ao rei Mohammed V, um líder bem relevante na história do Marrocos.

Construído com mármore branco, o mausoléu combina elementos da arquitetura tradicional islâmica e da arquitetura contemporânea. Na parte interna, fica uma sala de orações lindamente ornamentada. Do lado de fora, na porta, guardas de sentinela dão um ar mais formal ao local. Além da importância histórica, lá você vai ter vistas privilegiadas da cidade e do oceano.

Do lado do Mausoléu fica a Torre Hassan, um minarete super alto de 44 metros de altura que era parte de um projeto de uma mesquita que nunca saiu do papel. Esse projeto era do século XII e previa a torre, na verdade, com 80 metros. Mas depois da morte do sultão Yacub al-Mansour, a construção foi interrompida. A estrutura é bem impressionante, vale visitar.

Para a próxima parada, sugerimos a Kasbah dos Oudaias, que é uma cidadela medieval fortificada super charmosa e carregada de história. Ela foi criada pelo califa almóada Abde Almumine e, depois de viver um momento de decadência, ela foi reocupada pelos mouros, que revitalizaram o espaço.

Na Kasbah dos Oudaias você vai encontrar restaurantes, lojas e a mesquita mais antiga de Rabat. As casas são todas pintadas de azul e branco, com portas com design único, o que dá um charme todo especial.

Dia 2 – Noite: desfrute de um jantar à beira-mar ou faça um passeio pela Medina de Rabat

Para terminar a temporada em Rabat, você pode escolher entre passear pela Medina local ou escolher um restaurante à beira-mar. A primeira opção é para quem quer dar uma olhada nos produtos locais que são vendidos ali. Praticamente todas as cidades marroquinas tem suas próprias medinas, mas cada uma com particularidades, por isso vale a pena conhecer as de diferentes lugares.

A segunda opção é legal especialmente para quem gosta de comidas do mar, como peixes e frutos do mar. Tem várias opções de bons restaurantes, com ingredientes frescos e preços bons. Algumas sugestões são: Marea, Golden Fish, Al Marsa e Borj Eddar.

Dia 3 – Manhã: viagem para Chefchaouen

Depois do café da manhã do terceiro dia, siga para Chefchaouen, que fica a aproximadamente 250 km de distância de Rabat, o que leva por volta de três horas de viagem. Além do aluguel de carro, outra dica para te ajudar muito nessas viagens de uma cidade para a outra é ter internet para acessar aplicativos de mapas em tempo real.

A gente costuma comprar esse chip para as nossas viagens. Ele oferece internet de alta velocidade e estável, que funciona inclusive nas cidades super pequenas. O melhor de tudo é que o preço é fixo. Vale a pena para não se perder nas estradas do Marrocos.

Dia 3 – Tarde e noite: explore a Medina de Chefchaouen

Comece a sequência de passeios pelas sinuosas e estreitas ruas da famosa Medina azul de Chefchaouen. Ela fica ao redor de montanhas e cercada por praias. Lá você encontra cafés e lojas de artesanato que vendem de tudo, desde tapetes coloridos até produtos de cerâmica. O azul que está por todos os lados traz uma aura de calmaria ao espaço.

Na Medina está a Plaza Uta el-Hammam, que é o ponto central de socialização na cidade. Por lá, grandes árvores criam sombra para que quem circula consiga tolerar melhor o calor intenso. É na Medina que também fica a Grande Mesquita, uma construção do século XV que chama muito a atenção por causa de seu minarete octagonal.

Vale a pena dar uma passada no Kasbah Museum, local em que você vai aprender mais sobre a história local por meio da exposição de objetos pré-históricos e da época da ocupação romana. No passado, o espaço foi palácio do sultão que fundou a cidade. Vale mencionar que Kasbah é um tipo de construção fortificada muito presente na história do Marrocos.

Quando anoitecer, fique ali na Medina mesmo, porque ela se transforma ao ficar toda iluminada por lanternas coloridas, o que dá um ar super romântico. Uma boa é escolher um restaurante para jantar antes de descansar para a jornada do dia seguinte. Algumas recomendações são: Casa Aladin, Morisco, Bilmos e Sofia.

Dia 4 – Manhã: viagem para Fez

No quarto dia, você vai desbravar Fez, que é uma das cidades imperiais do Marrocos. Ela fica a 200 quilômetros de Chefchaouen, de onde você vai partir, o que dá de três horas e meia a quatro de viagem.

Fez é uma cidade que tem uma história bastante rica, que se traduz tanto na cultura quanto na arquitetura. Ela é dividida em duas partes: Fez el-Bali e Fez el-Jdid. Fez é famosa pela Medina, que é uma das mais preservadas do mundo. Inclusive, a UNESCO considera a Medina de Fez um Patrimônio Mundial.

Dia 4 – Tarde: explore a Medina e visite um curtume

Como a Medina de Fez tem muita importância, a gente sugere que você tente explorar ao máximo o espaço, que conta com mais de 300 bairros e nove mil ruelas e foi erguida no século XVIII. Não deixe de conhecer os seguintes locais:

• Universidade de Al Quaraouiyine: a universidade mais antiga do mundo ainda em operação
• Porta Bab Bou Jeloud: famosa porta de entrada para a Medina de Fez
• Madraça Bou Inania: escola islâmica que é considerada um exemplar da arquitetura merínida
• Talaa Kebira e Talaa Seguira: ruas comerciais mais famosas da cidade
• Bairros residenciais de Andaluz e Quaraouin: distritos que mostram como vive a população local
• Mausoléu de Mulay Idrí: santuário dedicado a Moulay Idriss II, que foi rei do Marrocos entre os anos de 807 e 828

Vale super a pena fazer um passeio para ver como funciona um curtume, que é o lugar onde o couro é tratado para se tornar uma matéria-prima própria para a fabricação de sapatos, bolsas e outros itens. Fez tem muitos curtumes, então não é difícil achar um que permita visitas.

Tem um passeio que você pode contratar em que um guia te acompanha e te leva a todos esses pontos e mais alguns outros. É muito bom ter um local que conhece a história e a geografia da labiríntica Fez. Com alguém te levando, você consegue aproveitar melhor o tempo e conhecer mais lugares. O melhor de tudo: o guia fala português!

Dia 4 – Noite: curta a vida noturna de Fez

Dá para se divertir muito na noite de Fez. É super legal caminhar na Medina que fica toda iluminada e percorrer os souks, onde você pode comprar itens artesanais, especiais e souvernirs. É comum ter também apresentações de música e danças típicas acontecendo nas ruas.

Os arredores do Palácio Real também ficam super bonitos. Outra opção boa é provar a gastronomia típica em um riad tradicional. Tem vários riads por lá que oferecem jantares autênticos.

Uma atração que é legal tanto de dia quanto de noite é entrar em um curtume, como o Chouara Tannery. Durante a noite, esses espaços ficam iluminados e proporcionam uma vista do alto panorâmica de toda a cidade.

Dia 5 – Viajar ao destino final: Marrakech

Na manhã do quinto dia, pegue o carro e vá para Marrakech, que fica a uma distância de 385 quilômetros de Fez. É a viagem mais longa do roteiro, então especialmente nesse dia é legal sair bem cedinho para não perder tempo.

Marrakech é uma das cidades que a gente mais gosta no Marrocos e é também a que tem mais passeios diferentes. Ela é dividida em duas regiões: a da Medina, mais antiga e histórica que fica cercada por muros; e a do lado de fora, que conta com bairros como Gueliz, com lojas, restaurantes e bares modernos, cosmopolitas e mais ocidentais.

Dia 5 – Tarde: explore a Medina e vá ao Jardim Majorelle

Dentro da Medina de Marrakech, você encontra monumentos históricos como a Mesquita Koutoubia, uma obra arquitetônica islâmica com um imponente e alto minarete, e as Tumbas Saadianas, que guardam os restos de membros da dinastia Saadiana.

Comece pelo Palácio Bahia, um espaço lindo e inesquecível. Seus amplos pátios contam com jardins que fazem do espaço um oásis em meio ao agito da Medina. As paredes são todas decoradas com pequenos azulejos coloridos que formam composições únicas.

De lá, siga para o Jardim Majorelle, que é um dos pontos imperdíveis da cidade. Projeto do artista francês Jacques Majorelle, ele é fruto de um projeto que demorou quarenta anos para se concretizar.

Depois de um período de decadência, o espaço foi comprado e passou por uma revitalização feita pelo estilista Yves Saint Laurent e por seu marido, Pierre Bergé. O jardim é composto por uma grande variedade de espécies botânicas, tanto nativas quanto exóticas. As paredes das casas são pintadas com um azul vibrante que é tão marcante que ficou conhecido como azul majorelle. Lá também fica um pequeno museu berbere que vale a visita.

Depois, volte para a Medina para caminhar pelos souks, mercados a céu aberto similares com aqueles que se encontra nas medinas das outras cidades visitadas anteriormente.

Dia 5 – Noite: curta a praça Jemaa el-Fna

A praça Jemaa el-Fna é o coração da cidade, onde tudo acontece. Agitada, na parte da noite ela se modifica e ganha uma atmosfera ainda mais especial. Ela fica preenchida por música, luzes coloridas que saem das lanternas vendidas ali e aromas de especiarias que saem das barracas de comida. Artistas de hena, encantadores de cobra e músicos também ficam por lá.

Tem muitas tendas de comida na própria praça, onde você pode jantar. Só fique atento às comidas cruas ou bebidas feitas com água, porque isso aumenta o risco para infecções alimentares. Caso prefira, temos uma lista com os melhores restaurantes de Marrakech.

Se depois do jantar, você estiver animado para seguir curtindo a noite, você pode ir a algum dos bons bares que tem por lá. Se quiser dançar e curtir um som, veja a lista de melhores baladas em Marrakech.

Dias 6 e 7 – Faça um passeio para o deserto

Fazer um tour pelo deserto é uma experiência inesquecível. A sensação de andar de camelo, ver aquela imensidão de areia, assistir ao pôr do sol nas dunas e dormir nas tendas com as estrelas iluminando é indescritível. Nossa sugestão é esse passeio aqui, que a gente considera que é o mais completo.

Na manhã do terceiro dia, um carro vai passar para te buscar no seu hotel para seguir rumo a Zagora. O caminho, por si só, já é muito rico. Você vai cruzar o Alto Atlas, que fica a mais de dois mil metros de altura, e vai passar por várias aldeias berberes.

Em uma parada em Ait Ben Haddou, você vai conhecer a cidade que foi cenário para vários filmes muito conhecidos, como Lawrence da Arábia, A Múmia, Gladiador, Alexandre e Príncipe da Pérsia. Aliás, o lugar é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1987.

Em seguida, depois de cruzar o Anti-Atlas, você vai conhecer o povoado berbere de Agdez e passar pelo Vale do Draa, lugar que guarda o rio mais extenso do país e onde fica o último vestígio de vegetação antes de o cenário se tornar 100% árido.

Ao chegar no destino final, Zagora, você vai subir em um camelo e andar enquanto observa um pôr do sol deslumbrante com as dunas como pano de fundo. Se você tiver receio de andar de camelo, é possível fazer o trajeto com quadriciclo. Ao final da percurso, uma típica haima (tenda) berbere estará a sua espera. É lá que você vai passar a noite. Mas antes terá a experiência de um jantar com comidas tradicionais ao som de música típica.

Prepare-se para acordar cedo no dia seguinte para vivenciar o espetáculo da natureza que é o amanhecer no deserto. Em seguida, você vai desfrutar de um ótimo café da manhã e um banho, para então subir em um camelo mais uma vez para um passeio de 40 minutos.

Nesse passeio, você vai mais uma vez cruzar o Vale do Draa e Agdez para chegar à cidade de Ouarzazate. Lá você vai conhecer as casbás, que são casas fortificadas berberes que ficam cercadas de montanhas, amplas planícies áridas e vales verdes. O casbá mais interessante que tem é o de Taurirte, que um dia serviu como palácio do paxá El Glaoui.

De lá, você vai voltar para o hotel, onde você deve chegar por volta das 18h30. Descanse, arrume sua mala e, se tiver ânimo e tempo, saia para curtir a noite de Marrakech uma última vez.

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