Marrakech

Roteiro de 7 dias em Marrakech

Veja um roteiro de 7 dias em Marrakech! Em uma semana, dá para cobrir os principais pontos turísticos da cidade e até ir ao deserto.

Roteiro de 7 dias em Marrakech

Veja um roteiro de 7 dias em Marrakech! Em uma semana, dá para cobrir os principais pontos turísticos da cidade e até fazer uma viagem para o deserto!

Dia 1 – Manhã e tarde: vá ao Palácio Bahia, descanse no Jardim Majorelle e explore a Medina

Quando o assunto é Marrakech, a gente sempre recomenda que o viajante escolha um hotel ou riad que tenha disponível café da manhã. Assim você vai economizar tempo, dinheiro e ainda provar comidas típicas, como Msemen (pão super gostoso feito de várias camadas amanteigadas), docinhos tradicionais, frutas locais (como tâmaras) e receitas com as especiarias mais usadas na culinária marroquina.

Nossa sugestão de primeira parada é o Palácio Bahia, um dos nossos locais preferidos em Marrakech. São diversos salões decorados com composições de pequenos azulejos coloridos que constituem verdadeiras obras de arte. Essas salões são cercados de jardins com fontes, por onde o sol entra iluminando tudo.

Depois de passar um tempo apreciando o Palácio Bahia, vá para o Jardim Majorelle, que é um oásis em meio ao agito e confusão que é a cidade. Todo idealizado pelo pintor Jacques Majorelle, o lugar é tão incrível que conquistou o estilista Yves Saint Laurent e seu marido, Piérre Berge. Eles adquiriram o espaço, revitalizaram, usaram como refúgio por muitos anos e hoje virou um local para visitação aberto ao público.

O Jardim Majorelle tem diversas espécies botânicas diferentes, como cactos, palmeiras, buganvílias, entre muitas outras. As plantas se misturam ao azul intenso e icônico que pinta as casas do local. Lá também tem um museu berbere. Ele é legal e pequeno, vale visitar!

Jardim Majorelle

Depois de relaxar em meio à natureza, siga para uma missão divertida e desafiadora: explorar os souks, mercados a céu aberto que se espalham pelas ruazinhas estreitas da Medina, que é a parte histórica e murada da cidade. Esse tipo de mercado é muito típico do Marrocos.

Você encontra por lá uma variedade IMENSA de produtos, como por exemplo: especiarias e temperos coloridos dispostos em grandes pirâmides, tapetes feitos à mão, joias, artesanatos, frutas e muito mais. Tudo isso com pequenas charretes passando, gatos para todos os lados e vendedores animados que vão tentar de persuadir a todo tempo.

Na hora de comprar nos souks, você vai precisar de paciência e habilidade para negociar. Os itens não costumam ter exatamente um preço fixo, então você vai precisar conversar e barganhar para não ser enganado com altos preços. Uma dica é: caminhe bastante, dê uma olhada geral para ter referência e depois, quando escolher o estabelecimento, pechinche.

Souk

Dia 1 – Noite: curta a praça Jemaa el Fna

Pelo fato de o Marrocos ser um país muçulmano, muita gente pressupõe que a vida noturna em Marrakech não é animada. Isso é um engano! A noite por lá é cheia de opções de coisas para fazer. Um dos nossos programas preferidos é curtir a praça Jemaa el Fna, que é o ponto central da Medina.

A atmosfera lá é única. Lá você vai ver de tudo acontecendo ao mesmo tempo. Tem encantadores de cobra, barraquinhas de comida, vendedores ambulantes, restaurantes, artistas de henna. Tudo isso ao som de música ao vivo, cheiro de especiarias e luzes coloridas que saem das lanternas que são vendidas ali.

Jemaa el Fna

Dia 2 – Manhã: relaxe no Jardim Secreto e conheça as ruínas do Palácio El Badi

A primeira parada do segundo dia é o Jardim Secreto, uma espécie de “ilha” da paz escondida em meio ao agito da Medina. Originalmente, o local era um riad da época da dinastia Saadiana, ou seja, de cerca de 400 anos atrás. O espaço passou por uma revitalização e se transformou em um retrato da fusão de antíteses: o novo e o antigo, o moderno e o clássico.

Você vai encontrar por lá uma vegetação densa e exuberante, com várias fontes de água espalhadas e paredes de azulejo que formam composições muito interessantes. Se quiser provar outro café da manhã, lá é um bom local!

Em seguida, sugerimos uma passada pelo Palácio El Badi. Apesar do nome, não tem nada a ver com o Palácio Bahia. O El Badi retrata o que um dia foi um palácio, porque hoje o que o visitante encontra por lá são ruínas.

É uma espécie de viagem no tempo pela história do Marrocos, porque dá a dimensão do que foi a era de ouro. Os enormes terraços, jardins e restos de uma construção luxuosa mostram como o país viveu um momento de opulência. Além disso, a vista a partir de lá é muito bonita.

Palácio El Badi

Dia 2 – Tarde: conheça a história e a cultura local em uma visita aos museus

Marrakech abriga muitos museus, então não dá para não visitar pelo menos um. Caso deseje conhecer um pouco mais sobre a história local, a gente recomenda ir ao Dar El Bacha, que tem exposições mostrando os paralelos entre as culturas ocidental e oriental. Outra opção legal é o museu Yves Saint Laurent, que conta a trajetória do estilista por meio da exposição de milhares de esboços, peças de vestuário, acessórios e outros itens.

Veja mais detalhes e outras opções na nossa lista de melhores museus de Marrakech.

Dia 2 – Noite: aproveitar a vida noturna de Marrakech

Como a gente mencionou acima, a vida noturna em Marrrakech é agitada! Tem várias boas opções de restaurantes, bares (com bebida alcoólica inclusive) e casas noturnas. A gente sugere que você comece a noite jantando em um lugar legal. Os que a gente mais gosta são:

  • La Famille: um local que oferece uma culinária vegetariana criativa, com um menu leve e fresco.
  • Naranj: um restaurante libanês que oferece uma alternativa econômica em relação aos pratos marroquinos.
  • Nomad: um lugar com um menu mais refinado e uma vista espetacular para a cidade inteira.
  • Plus 61: um restaurante que reinventa a culinária australiana utilizando técnicas marroquinas e mediterrâneas.

Se ainda estiver no pique depois do jantar, você pode partir para os bares ou casas noturnas da região. Para conferir a lista dos melhores bares em Marrakech, clique aqui. E para saber quais são as melhores casas noturnas, basta acessar este link.

Restaurante Nomad

Dia 3 – Manhã: se dedique a uma atividade típica marroquina

A gente recomenda muito que você faça uma atividade tradicional para se conectar mais com a cultura local. Algumas sugestões são:

  • Desfrutar de um banho árabe em um hammam

Em outros tempos, as casas públicas de banho (hammam) eram locais que as pessoas frequentavam por necessidade. Mas com o passar do tempo, isso foi se ressignificando. Os hammam se tornaram locais para confraternização e interação. Neles, é possível tomar um típico banho árabe com massagistas profissionais e técnicas específicas marroquinas.

Homens ficam separados de mulheres. Se possível, tente levar toalha, chinelo, sabonete preto e uma luva de kessa, que é bem fácil de encontrar.

  • Faça uma aula de culinária

Tem um lugar em Marrakech chamado Souk Cousini com uma proposta muito legal. Funciona assim: você faz aulas de culinária para aprender a cozinhar como os marroquinos costumam fazer no cotidiano. Antes de começar a aula, você e o resto do grupo vão ao souk para comprar os ingredientes necessários para a receita. Depois vão juntos para o Souk Cousini e preparam pratos como o tagine e o couscous.

  • Aprenda a fazer artesanato local

Nos chamados Ateliers d’Ailleurs, você pode fazer workshops em estúdios de artesãos marroquinos. Tem aulas para aprender a fazer o seu próprio par de chinelos babouche, cesterias ou cerâmicas.

Hammam

Dia 3 – Tarde e noite: explore Gueliz

Pertinho da Medina fica Gueliz, um bairro moderno, novo e mais cosmopolita, que foi construído nos anos 1930. Lá ficam lojas internacionais famosas, supermercados, boutiques e restaurantes, bares e baladas mais requintados e mais ocidentalizados também.

A experiência é, de maneira geral, mais similar ao nosso dia a dia. Tem Zara e Mc Donalds, por exemplo. Mas tudo com um toque marroquino. No Mc, você pode pedir lanches preparados com pão árabe. Se quiser bebidas alcoólicas, é uma boa ir a algum bar dessa região.

Gueliz

Dias 4, 5 e 6: faça um tour para o deserto

Indescritível e inesquecível. Esses são dois adjetivos que poderíamos usar para falar de uma viagem ao deserto, principalmente para quem nunca a fez. Andar de camelo, estar no meio daquela imensidão de areia, ver o pôr do sol, dormir numa barraca com as estrelas e a lua iluminando tudo… Vale muito a pena! Nossa sugestão é esse passeio aqui, que achamos o mais completo.

  • Dia 1 do tour

No primeiro dia de passeio, você vai conhecer Ait Ben Haddou, Ouarzazate e Vale do Dades. Durante o percurso, poderá ver as impressionantes paisagens do atlas, com suas montanhas monumentais. Em uma parada na Kasbah de Ait Ben Haddou, que é uma cidade fortificada, você vai conhecer o local que foi usado como cenário para filmes como “Gladiador” ou “Cruzada”.

De lá, seguirá para Ouarzazate, onde durante uma pausa de meia hora você poderá tirar fotos da Kasbah de Taourirt, um conjunto histórico de casas fortificadas que é um dos mais preservados de todo o país. Depois de atravessar o Vale das Rosas, você chegará ao ponto final do primeiro dia, o Vale do Dades, onde passará a noite.

Ouarzazate
  • Dia 2 do tour

Depois de um café da manhã reforçado, o grupo, junto com o guia, irá rumo a Merzouga, que é a porção de deserto. No caminho, você vai atravessar os deslumbrantes desfiladeiros do Todra e o palmeiral de Jorf, de onde vêm as melhores tâmaras. Em uma parada em Erfoud, você vai entender porque ela é conhecida como a cidade dos fósseis.

Ao finalmente chegar a Merzouga, chegará a hora de deixar o carro e passar a percorrer o resto do trajeto em um camelo. É com a ajuda do animal que você vai chegar ao acampamento de tendas típicas berberes que serão sua hospedagem para a noite. Aproveitando a atmosfera única, você vai experimentar um jantar autêntico.

Hospedagem no deserto
  • Dia 3 do tour

O nascer do sol no deserto é um fenômeno indescritível e imperdível. Por isso, no terceiro dia é bom acordar cedinho para não perder esse momento. Depois, tome o café da manhã que faz parte do pacote para começar o caminho de volta a Marrakech.

É uma viagem bem legal. Você vai ver: o Palmeiral de Tafilalat; o local onde vive o povoado de Rissani, que deu origem à dinastia alauita; e o deserto de pedras. Em seguida vai chegar a Alnif, de onde parte a estrada que atravessa a cordilheira do Anti Atlas e que passa por Tizi N’tfarkhin.

Então uma última parada antes de chegar a Marrakech: a cidade de Klaat M’Gouna, um município fortificado onde vive uma comunidade berbere. É lá que você vai almoçar. Capriche, porque daí pra frente será uma viagem direto. Você deve chegar ao hotel por volta de 20h30.

Amanhecer no deserto

Dia 7 – Manhã e tarde: conhecer a Madrassa Ben Youssef e visitar a Mesquita Koutoubia

Quem não está familiarizado com países muçulmanos, provavelmente nunca conheceu uma madrassa, que é uma escola para estudos da religião islâmica. A Ben Youssef fica bem ao lado de uma mesquita que tem o mesmo nome.

A arquitetura da construção é de cair o queixo e um exemplar do design local. É maior desse tipo de todo o Marrocos. O edifício, que tem 130 quartos e um dia hospedou 900 estudantes, foi encomendado pelo sultão Abdallah al-Ghalib. A inauguração foi no ano de 1565.

Madrassa Ben Youssef

Dia 7 – Noite: volte aos souks para as últimas compras

Para a última noite, que tal um passeio mais leve para se preparar para a volta do dia seguinte? Recomendamos que, no fim da tarde, você dê uma última passeada pelos souks para comprar qualquer souvenir que tenha faltado.

Você pode experimentar comidas das barracas de rua. Só evite ao máximo alimentos crus e bebidas preparadas com água que não seja engarrafada. Isso ajuda a prevenir de possíveis infecções, algo que não é muito raro para viajantes que não estão acostumados a consumir esses produtos.

Souk